Este projeto visa (re)conectar os aspectos corporais e psicológicos e a imaginação dos indivíduos através das vivências que estes podem experimentar durante a equitação. Quando uma pessoa aprimora sua própria consciência corporal, ela passa a ter novos modos de ver, sentir e refletir sobre o mundo.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Pensamento, Criatividade, Corporalidade & Prática Eqüestre
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Enação, Autopoiesis e Clínica Transdisciplinar: Psicologia que se soma à Biologia e à Filosofia
A biologia nos diz que os seres vivos recompõem de maneira incessante seus elementos desgastados. Porém, para isso é necessário que existam recursos da natureza e do meio ambiente. Sob esta ótica biológica, os seres são ao mesmo tempo autônomos e dependentes. Humberto Maturana, biólogo chileno pioneiro da "biologia do conhecimento", chama este processo de Autopoiese, uma auto-produção contínua que caracteriza os seres vivos. O sistema autopoiético é, ao mesmo tempo, produtor e produto em um modo circular.
A prática de uma Terapia Transdisciplinar pode ser comparada a esta estrutura viva autopoiética, pois tem a capacidade de recriar-se a cada instante. Esta constante auto-criação de si mesmo a partir da relação com o meio-ambiente apresenta dois aspectos: o indivíduo forma um campo psicológico com o meio ambiente; assim como um grupo forma um campo social com o meio ambiente. Para que o processo de Autopoiese ocorra
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Projeto Centauro: imagem e transdisciplinaridade
Arquearia Nômade e a História Viva
A arquearia a cavalo também utiliza técnicas próprias e incentiva modos intuitivos de ação com o arco e flecha. As habilidades no uso do arco e flecha sobre um cavalo em movimento são adquiridas através de exercícios específicos. A arquearia montada está sendo praticada nos tempos atuais como uma espécie de “resgate do passado”; esta prática “sai” dos livros de História e passa e ser experimentada pelas pessoas que desejam e sentem afinidade com este estilo de esporte. A arquearia montada desenvolvida na Escola Desempenho de Equitação, no Rio de Janeiro, Brasil, é baseada na experiência dos equitadores desta escola e nas pesquisas de Bjarke Rink, responsável pela escola. Os arqueiros montados a cavalo dos tempos atuais revivem a experiência dos antigos povos nômades. Esta experiência permite uma atualização da arquearia antiga não de modo teórico, mas como uma experimentação prática da atividade. Esta é uma forma de se contrapor a um dos problemas mais freqüentes na sociedade contemporânea, que não costuma abrir espaços para encontrar uma memória viva. Esta prática parte do pressuposto de que a memória seja algo que possa ser vivenciada no corpo e no momento imediato, pois a memória também se faz presente na ação e na relação com outros seres vivos.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Ser Nômade
Quando usamos a palavra “nômade”, geralmente nos referimos a pessoas que se deslocam continuamente para novas áreas, em um movimento contínuo para territórios ainda não percorridos como se não existissem fronteiras. As pessoas nômades procuram locais sempre novos onde vivem temporariamente, isto é, locais de passagem ou moradas provisórias. Porém um nômade não é um sem terra, é um ser movente, que se fixa no movimento. Este movimento, se comparado ao pensamento, seria algo que se faz de modo inédito mas constantemente, uma ação paradoxal que se repete continuamente.
Não se define o conceito de povo nômade pelo movimento de fluxo contínuo. Para Deleuze e Guattari: “[...] É nesse sentido que o nômade não tem pontos, trajetos nem terra, embora evidentemente ele os tenha. Se o nômade pode ser chamado de o Desterritorializado por excelência, é justamente porque a reterritorialização não se faz depois, como no migrante, nem em outra coisa, como no sedentário [...]. Para o nômade, ao contrário, é a desterritorialização que constitui sua relação com a terra, por isso ele se reterritorializa na própria desterritorialização.” (Deleuze e Guattari, 1997).