sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pensamento, Criatividade, Corporalidade & Prática Eqüestre


O pensamento geralmente se estrutura de um modo binário, ou é denso ou é suave. Na equitação, o pensamento pode alcançar extrema densidade, velocidade e leveza. Este pode ser considerado um paradoxo da equitação. Quando uma pessoa começa a praticar equitação, a sensação corpórea pode ser de confusão e de falta de equilíbrio; porém com o exercício de montar pode-se construir uma consciência corporal a partir da experiência da equitação´, que chamaremos de consciência plástico-corpórea. Esta consciência ativa a densidade, a suavidade e a velocidade do corpo e do pensamento. Uma pessoa sedentária costuma ter um pensamento binário, pois não o constrói em uma experiência corpórea. O pensamento oriundo ou estimulado por uma experiência corporal “resolve” a questão binária pela ação corporal que, através de múltiplos estímulos, aciona um aspecto criativo do pensamento. Desta forma, a consciência criativa e múltipla se constrói por meio das experiências da equitação. O nascimento de uma consciência ampla e de um pensamento criativo inclui as experiências corporais. Segundo José Gil, a consciência torna-se “consciência do corpo”, sendo construída pelos seus movimentos; o corpo preenche a consciência com sua plasticidade e continuidade próprias. “Forma-se assim, uma espécie de “corpo da consciência”: a imanência da consciência ao corpo emerge à superfície da consciência e constitui doravante o seu elemento essencial” (José Gil, 2004).

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