sexta-feira, 5 de junho de 2009

Ser Nômade


Quando usamos a palavra “nômade”, geralmente nos referimos a pessoas que se deslocam continuamente para novas áreas, em um movimento contínuo para territórios ainda não percorridos como se não existissem fronteiras. As pessoas nômades procuram locais sempre novos onde vivem temporariamente, isto é, locais de passagem ou moradas provisórias. Porém um nômade não é um sem terra, é um ser movente, que se fixa no movimento. Este movimento, se comparado ao pensamento, seria algo que se faz de modo inédito mas constantemente, uma ação paradoxal que se repete continuamente.



Não se define o conceito de povo nômade pelo movimento de fluxo contínuo. Para Deleuze e Guattari: “[...] É nesse sentido que o nômade não tem pontos, trajetos nem terra, embora evidentemente ele os tenha. Se o nômade pode ser chamado de o Desterritorializado por excelência, é justamente porque a reterritorialização não se faz depois, como no migrante, nem em outra coisa, como no sedentário [...]. Para o nômade, ao contrário, é a desterritorialização que constitui sua relação com a terra, por isso ele se reterritorializa na própria desterritorialização.” (Deleuze e Guattari, 1997).

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